O Broken Social Scene é um daqueles coletivos de jovens artistas que não mantém formação permanente entre um disco e outro, e que surgem nos países de primeiro mundo (no caso o Canadá) para fazer a alegria dos indies do mundo todo.
Por ser um coletivo de meninos e meninas artistas envolvidos em projetos diversos -inclusive carreiras solo- podemos traçar um paralelo aí com o Belle & Sebastian. Além disso, a exemplo de Isobel Campbell (ex - integrante do bando escocês), Leslie Feist também abandonou sua banda para partir para uma carreira solo, bem elogiada desde sua estréia. Só que ao contrário da colega escocesa de profissão, Feist se mostrou uma pessoa no mínimo desequilibrada: na turnê de divulgação de seu terceiro disco, The Reminder, cancelou suas apresentações no Brasil no Tim Festival poucos dias antes do evento, para desespero de seus fãs brasileiros; tempos depois desistiu de sua carreira. Pena, a moça tem boa voz, como dá pra perceber nas canções em que colabora no disco Riot on An Empty Street do Kings of Convenience.
Mas voltando à BSS, esse disco de 2005, o terceiro e último (antes da série presents do fundador da banda Kevin Drew), este, intitulado apenas Broken Social Scene, oferece ótimos momentos daquilo que é feiro no Canadá: lembra Arcade Fire, só que com vozes mais sensuais, menos tenso e religioso. Mas com aquela bateria ritmada, como em "Fire Eye'd Boy". É um The Dears ao avesso: sem um vocal dramático e eloqüente, pelo contrário, vozes femininas animadas pontuam vocais masculinos por vezes melódicos, por vezes ritmados em "Windsurfing Nation", a melancolia passa longe , e em seu lugar ficam canções que remetem a uma beleza despreocupada.
"7/4 (Shoreline)" começa com um dedilhado triste e cresce até tornar-se indecisa entre o cantado e o sussurado. Bela canção para animar dias nublados
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