Entrevista: Copacabana Club

Postado por Senhor W On sexta-feira, maio 08, 2009


Lindolfo Roberto entrevistou o Copacabana Club, que tocamos no Stcheraws Cast 007. Confira:

Rádio Stcheraws: Falem sobre a formação e as principais influências musicais de vocês.

Caca V: Nos juntamos em junho de 2007, quando o Alec voltou de Londres. Ele queria fazer um som dançante. Convidou o Luli, com quem tocava antes no ESS. O Luli convidou a Claudinha, com quem tocava antes no Autobahn. E eu me convidei. O Tile entrou uns meses depois e definiu a linha das nossas melodias. Todos tem influencias bem diferentes. Eu me deixo levar pelo que estou ouvindo em cada momento. Sempre tenho uma “banda favorita do mês”. A desse mês é Little Dragon. Mas gosto muito de Flaming Lips, Of Montreal, Mirah, Interpol, das bandas mais antigas, Clash, Cure, Lou Reed, David Bowie...

Tile Douglas: Cada integrante tem influências bem diferentes, acho que isso que dá um toque diferente pro Copa. Eu particularmente curto mais rock, Stones, Primal Scream, etc.

Claudinha: O Copacabana Club surgiu em 2007 quando o Alec voltou de Londres e convidou o Luli pra formar uma banda. Acredito que as influências e referências musicais de cada um dos integrantes é muito diferente. Eu também sou DJ, o que me leva a escutar muitas bandas novas. Minhas favoritas do momento são Two Door Cinema Club e Little Comets. Também gosto muito de Radiohead, Interpol e não consigo parar de escutar o novo CD do The Rakes.

Rádio Stcheraws: Letras em inglês no caso do Copacabana Club é uma escolha estética, por maior facilidade na hora de compor, ou porque a banda mira o exterior?

Tile Douglas: O Alec já tinha umas músicas de quando voltou de Londres, e elas já eram em inglês, acho que só seguimos o instinto.

Caca V: As primeiras musicas saíram em inglês por causa do Alec. Por enquanto ainda não saiu nenhuma em outra língua. Acho que quando pintar inspiração faremos em português ou até mesmo em francês.

Claudinha: Isso surgiu naturalmente. Como o Alec morou algum tempo em Londres, as primeiras músicas que ele nos mostrou quando começamos a tocar juntos eram em ingles. E a partir daí a Caca também começou a compor em inglês.

Rádio Stcheraws: Com a repercussão do EP (king of the night) a banda já pensa em lançar um álbum? ou ainda há muito a trabalhar com o EP? Quais são os planos a curto prazo?

Tile Douglas: Acho que há muito para trabalhar nas músicas. Estamos amadurecendo ainda como banda, acho que o álbum é mais pro final do ano, vamos trabalhar mais o clipe e o single de Just Do It que logo vai sair.

Caca V: Temos no total 13 faixas e umas 3 que estamos pra fechar. Até daria pra colocar num álbum, mas queremos amadurecer elas e compor mais algumas pra dai escolher quais entram, e quais não. O álbum seria mais pro fim do ano, ou começo do ano que vem. No próximo mês terminaremos mais duas faixas, “Sex Sex Sex” e “Mrs. Melody”, mas ainda não sabemos em qual formato lançaremos.

Claudinha: Já temos músicas suficientes pra fechar um álbum, mas como algumas das composições são recentes eu acredito que precisamos de mais um tempo. Espero que até o fim do ano seja possível lançar o álbum, mas por enquanto ainda estamos sem uma data definida. Temos mais duas músicas que já começamos a gravar em estúdio que devem ser lançadas em breve, mas ainda não definimos o formato.

Rádio Stcheraws: Não dá pra negar: O Copacabana Club é uma banda da noite. A cena noturna do Sul foi determinante na formação do que a banda é, ou o Copacabana seria essa banda vibrante independente da região do país em que surgisse?

Tile Douglas: Total independente.

Caca V: Acho que faríamos esse som de qualquer maneira. A noite de Curitiba é legal, mas é bem parecida com a de outras capitais.

Claudinha: Eu acho que a vida noturna definitivamente influencia a banda, mas não acho que seja especificamente a de Curitiba, e sim a noite de um modo geral. Acredito que nosso som seria semelhante mesmo se a banda tivesse surgido em outro lugar, acho que o resultado tem mais a ver com a personalidade e influências de cada um dos integrantes do que com a cidade em si.

Rádio Stcheraws: Ao ver o Copacabana Club, percebe-se facilmente um cuidado com a produção que vai além da música. A banda possui uma identidade visual muito própria. Quais são as influências não musicais dos copas?

Tile Douglas: O lance visual do Copa é totalmente espontâneo. Claro que com as meninas existe uma produção própria delas, o que eu acho muito legal, mas quanto aos caras, a gente se veste igual no dia-a-dia. Eu uso o que me deixa confortável e a vontade, não me influencio nesse lance.

Caca V: Eu gosto de fazer uma produção de figurino e maquiagem para os shows. Acho divertido. Eu dancei durante muitos anos, e isso sempre fez parte das apresentações. Mas faço do meu jeito, misturo minhas roupas, compro uns acessórios. Nos últimos meses tenho investido mais nisso. O André Azevedo, do coletivo AtAlho, que assinou a direção de arte e figurino, confeccionou umas mangas, pra eu usar nos shows. E eu tenho desenhado umas roupas junto com a Tiça, estilista de uma marca daqui, que se chama Flor de Vedete. Nós compartilhamos o mesmo gosto para roupas.

Claudinha: Acho que o visual do Copacabana é resultado do estilo pessoal de cada um dos integrantes. Nosso clipe teve direção de arte e figurino do Coletivo AtAlho de Curitiba e acho que essa foi a primeira vez que tivemos uma preocupação assumida com o que seria interessante que cada um usasse, mas sempre respeitando o estilo de cada um. Eu espero poder trabalhar com eles na produção dos próximos shows porque achei o resultado incrível.


Rádio Stcheraws: Desde o ano passado, a banda vem conquistando cada vez mais espaço, com o videoclipe da "just do it", o Remix feito pelo Boss In Drama, a participação nos programas POPLOADED e Acesso MTV... 2009 é o ano do Copacabana Club?

Tile Douglas: Acredito que sim e estamos trabalhando duro pra isso. Temos muito por fazer ainda e somos uma banda nova, se não for agora, de 2010 não passa!

Caca V: Espero que sim! Acho que apesar das musicas serem em inglês, nosso som é bem acessível.

Claudinha: Espero que sim! Estamos muito felizes com a boa repercussão da banda e fazendo o possível e o impossível para aproveitar todas as oportunidades que estão surgindo.


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